Vídeo sobre a Baía Babitonga, gravado com
pesquisadores do Projeto Toninhas/Univille foi exibido para ilustrar a proposta
do GRMA
O
Projeto Grande Reserva Mata Atlântica (GRMA) foi apresentado na última reunião
do Grupo Pró-Babitonga (GPB). Além de conhecer a proposta da GRMA, o grupo
multisetorial, que reúne 26 entidades dos segmentos socioambiental,
socioeconômico e público dos seis municípios do entorno da Baía Babitonga, pôde
acompanhar o vídeo “As toninhas da Babitonga”, o quarto episódio da série
produzida pelo Projeto GRMA.
De
acordo com os idealizadores do Projeto Grande Reserva Mata Atlântica, os
estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina abrigam o último grande
remanescente da Mata Atlântica. A
floresta foi reduzida em mais de 90% de sua área original, mas ainda restam 1,8
milhões de hectares. Apenas 28% desse território está legalmente protegido,
abrigando dezenas de Unidades de Conservação públicas e privadas. Os
organizadores da proposta defendem que essas áreas estão desconectadas e
isoladas, o que dificulta a implementação de políticas de proteção.
Nesse sentido, o principal objetivo da criação da
Grande Reserva Mata Atlântica é pensar o território estrategicamente de modo
integrado, compondo um grande conglomerado natural de oportunidade e
desenvolvimento para as comunidades locais, reunindo entidades e parceiros que se
encontram dentro do território. A proposta vai de encontro à missão do GPB: “contribuir para
a gestão participativa e integrada do ecossistema Babitonga, com ações que
assegurem a proteção da diversidade biológica e cultural, o disciplinamento da
ocupação e a sustentabilidade dos usos dos recursos naturais”. Criado em maio
de 2017, o grupo trabalha para aprimorar
a capacidade de governança do ecossistema Babitonga e contribuir com as ações
de ordenamento e uso sustentável desse espaço.
A
primeira iniciativa do Projeto GRMA é a produção de uma série de
minidocumentários intitulados "Histórias da Grande Reserva Mata
Atlântica". O vídeo gravado em dezembro de 2018 com participação dos
pesquisadores do Projeto Toninhas, compõe o seriado e foi exibido ao GPB. O
vídeo retrata a baía, que abriga a
última floresta de mangues do Atlântico Sul e a importância desse estuário onde
vive a única população residente em baía do golfinho com maior risco de
extinção no Brasil, a toninha. Durante as falas da professora Marta Cremer,
coordenadora geral do Projeto Toninhas e de Fabiano Grecco, biólogo do Projeto Babitonga
Ativa, que realiza a assessoria executiva do GPB, foram apresentadas as preocupações
com o futuro deste ambiente. Para eles, a intensa especulação imobiliária é um
dos principais fatores que ameaça a biodiversidade e as atividades
socioeconômicas que dependem da raridade e riqueza deste ecossistema.
O
Projeto Toninhas é realizado pela Univille e conta com #patrocínioPetrobras por
meio do Programa @Petrobras Socioambiental.