No dia 08/jun/2011 foi encontrada morta no Balneário Paese, em Itapoá/SC, uma Tartaruga de Couro (Dermochelys coriacea).
A tartaruga de couro é cosmopolita, ocorrendo nos oceanos tropicais e temperados de todo o mundo. Porém, a única área regular de desova conhecido no Brasil, situa-se no litoral norte do Espírito Santo.
O estado de conservação desta espécie está avaliado como “Criticamente em Perigo” pela IUCN (União Internacional pela Conservação da Natureza), devido informações a respeito da redução populacional. A principal ameaça no passado foi a coleta de ovos e o abate das fêmeas, o que não acontece mais nas áreas principais de reprodução. Hoje, as tartarugas marinhas são capturadas acidentalmente em praticamente todas as pescarias no Brasil, com destaque para a alta mortalidade em rede de emalhe de deriva. As características da estratégia de vida das tartarugas marinhas, como a maturação tardia e ciclo de vida longo, tornam a recuperação populacional extremamente lenta. Assim, é possível que os números de desovas observadas hoje, não se mantenham no futuro, devido à ação das atuais ameaças sobre o estoque de juvenis a serem recrutados para a população reprodutiva, e ao alto índice de emalhamentos acidentais.
A tartaruga de couro é totalmente protegida por instrumentos legais nacionais, que proíbem todo e qualquer tipo de uso direto além de prever medidas de proteção das áreas de desova. Porém, a única Unidade de Conservação que protege a área de desova no Espírito Santo é a Reserva Biológica de Comboios, de gestão federal. Para a conservação da espécie, considera-se fundamental a realização de atividades de educação ambiental e sensibilização púbica, atividades de pesquisa e monitoramento, e o desenvolvimento e implementação de tecnologias para minimizar impactos de origem antropogênica.