22 de novembro de 2011

Captura e marcação de toninhas para monitoramento via satélite

Entre os dias 28 de setembro e 6 de outubro de 2011 foi realizada a operação de captura e marcação de toninhas, Pontoporia blainvillei, único golfinho brasileiro ameaçado de extinção. Foram instalados transmissores satelitais em 5 indivíduos da população de toninhas da Baía da Babitonga. Foi a primeira vez que um procedimento desta natureza foi realizado na costa brasileira.
A instalação dos transmissores é um procedimento complexo e envolveu uma equipe com mais de quarenta pessoas, oito embarcações e uma rede, que foi utilizada para cercar os animais. Para tanto, contamos com a parceria dos pesquisadores do Sarasota Dolphin Research Program (EUA) e da Fundacion Aquamarina (Argentina). Pesquisadores de diversas instituições brasileiras também participaram da operação, incluindo o ICMBio, UFSC, UFRJ, UFPR, BIOPESCA e R3 Animal.


                                                                                                                                                  Foto: Projeto Toninhas/UNIVILLE 

Os transmissores foram instalados com sucesso em três machos e duas fêmeas. O tempo para a instalação do transmissor é de poucos minutos em cada animal, que foi liberado imediatamente. A toninha é uma espécie muito sensível e todo o procedimento foi acompanhado por um veterinário experiente. A partir destes transmissores, estão sendo obtidas informações sobre padrões de mergulho, movimentos diários e área de vida dos indivíduos. Além do monitoramento via satélite, os animais estão sendo periodicamente acompanhados com uma embarcação motorizada. Os resultados deste projeto contribuirão no planejamento de ações voltadas à conservação da espécie, que se encontra ameaçada principalmente devido a captura acidental em redes de pesca.


                                                                                                                                                  Foto: Projeto Toninhas/UNIVILLE 


A realização desta operação contou com recursos do FAP/UNIVILLE e da Chicago Zoological Society e faz parte do Projeto Toninhas, realizado pela UNIVILLE e patrocinado pela Petrobras através do Programa Petrobras Ambiental.