Botos-cinza na Baía da Babitonga. |
A toninha não é a única espécie de golfinho de vive na Baía da Babitonga. O boto-cinza, um simpático golfinho da família Delphinidae, também escolheu a Babitonga para morar!
Desde 1996, pesquisadores da UNIVILLE vêm acompanhando esta espécie na região. A população, com cerca de 200 indivíduos, é residente, podendo ser avistada durante todo o ano dentro da baía.
Grupo de botos-cinza nadando próximos as Ilhas Araújo, na Baía da Babitonga. |
O boto-cinza (Sotalia guianensis) é um cetáceo de pequeno porte, atingindo no máximo 2,10m quando adulto. Pode ser encontrado desde a Nicarágua, na América Central, até Florianópolis e em muitas regiões habita os ambientes estuarinos. É o parente mais próximo do tucuxi (Sotalia fluviatilis), que vive nos rios da Amazônia.
Como o próprio nome diz, a coloração do boto-cinza é cinza no dorso, com tons mais claros e rosados no ventre. A gestação dura de 11 a 12 meses. A fêmea dá à luz apenas 1 filhote a cada 2 anos. Filhotes podem ser vistos o ano todo, mas os nascimentos ocorrem com maior frequência entre a primavera e o verão. Os golfinhos em geral são muito zelosos, cuidando de seus filhotes até quase 2 anos ou mais. As fêmeas podem acompanhar a mãe por muitos anos.
Filhote de boto-cinza acompanhando sua mãe. |
O boto-cinza vive muito próximo à zona costeira, o que o torna altamente vulnerável aos impactos de origem antrópica. No ano de 2012, o boto-cinza foi incluído na lista das espécies ameaçadas de extinção de Santa Catarina, devido à captura acidental em redes de pesca e a degradação do seu habitat. Aqui no Estado a espécie ocorre apenas na Baía Norte, em Florianópolis, e na Baía da Babitonga.
Boto-cinza saltando na Baía da Babitonga. |