31 de janeiro de 2014

Sobrevoando a Babitonga pelas toninhas!



Conhecer a abundância de uma espécie em um determinado local, ou seja, o número de indivíduos, é muito importante para sua conservação. O Instituto Aqualie, parceiro do Projeto Toninhas/UNIVILLE, realiza há vários anos sobrevoos para  estimar a abundância de diversas espécies de cetáceos. Neste trabalho, o número de animais é quantificado ao longo de rotas pré-estabelecidas e as informações são analisadas por meio de programas estatísticos. A toninha é uma das espécies estudadas.

Com o objetivo de melhorar as estimativas de abundância de toninhas ao longo da costa, desde o dia 20/01 o Instituto Aqualie e o Projeto Toninhas/UNIVILLE estão desenvolvendo uma pesquisa na Baía da Babitonga. Utilizando um helicóptero e duas embarcações, as equipes pretendem avaliar a visibilidade das toninhas pelos pesquisadores a partir de um avião, permitindo assim corrigir os modelos matemáticos que estimam o tamanho das populações de toninhas. O trabalho se estende até o dia 31/01/14.


Em 2011, o Projeto Toninhas e o Instituto Aqualie realizaram outro trabalho em conjunto na Baía da Babitonga. O objetivo neste caso também foi melhorar as estimativas de abundância, mas neste caso o método foi utilizado simultaneamente por um avião e duas embarcações. O trabalho  foi um sucesso e gerou dados que permitiram aprimorar a qualidade das estimativas de abundância de toninhas para todo o litoral brasileiro.



Aprimorar o conhecimento sobre a abundância de toninhas na Baía da Babitonga e no litoral brasileiro é fundamental para a conservação desta espécie ameaçada de extinção. 


17 de janeiro de 2014

Disponibilidade de presas


A disponibilidade de presas é um dos principais fatores que molda a forma como um predador ocupa o seu habitat. As toninhas se alimentam de pequenos peixes, lulas e camarões. Em ambientes de estuário como a Baía da Babitonga, as variações nos estados da maré, enchentes e vazantes, ocasionam ciclos diários de mudança do ambiente, influenciando a disponibilidade de presas e consequentemente a distribuição dos golfinhos.


Com objetivo de conhecer melhor a influência que as presas tem na distribuição das Toninhas na Baía da Babitonga, nos dias 13 e 14 de janeiro de 2014 o Projeto Toninhas/UNIVILLE realizou esforços de pesca na Baía da Babitonga. Em diferentes condições de maré ao longo do dia, foram realizados cercos de praia com redes do tipo picaré.


Também foram realizados arrastos de fundo com redes de portas, contando com a colaboração de um pescador e uma embarcação especializada para a atividade. Embora a utilização deste tipo de embarcação dentro de baías e estuários seja proibida, seguindo a Portaria Ibama nº 84, 15 de julho de 2002, o Projeto Toninhas contou com uma licença especial para finalidade científica, concedida pelo Sistema de Autorização e Informação em Biodiversidade – SISBIO, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio, órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente – MMA. A Capitânia dos Portos de São Francisco do Sul também foi comunicada da realização das atividades.



Conhecer os fatores que afetam a distribuição das toninhas na Baía da Babitonga é fundamental para a conservação da espécie.