Umas das ações
do Projeto Toninhas são analisar a distribuição e o uso de habitat das toninhas
em uma abordagem inovadora, considerando todo o ciclo diário de 24h, que também
permitirá avaliar os efeitos da poluição sonora na distribuição das toninhas. O
estudo será desenvolvido na Baía Babitonga, litoral norte de SC, e na APA da
Baleia Franca, litoral sul de SC. Para isso, o projeto utiliza a metodologia de
Monitoramento Acústico Passivo - MAP, que possibilita o registro contínuo e
autônomo dos sons subaquáticos. Os golfinhos, como a toninha e o boto-cinza,
são animais essencialmente acústicos e dependem do som para navegação,
socialização e rastreamento de presas. Portanto, as técnicas de MAP são altamente
eficientes para o estudo destes animais, possibilitando o acesso a informações
que não poderiam ser obtidas por outros meios.
Figura 1: Equipe do Projeto Toninhas / Univille
realizando a manutenção dos C-PODs: equipamentos utilizados para o
Monitoramento Acústico Passivo de toninhas
O projeto
utiliza equipamentos denominados C-PODs (http://www.chelonia.co.uk/),
que fazem o registro de sons pulsados dos golfinhos, os chamados sons de
ecolocalização, e conhecer as características dos sons produzidos pelas
toninhas também é objetivo do projeto. Estes equipamentos estão sendo acoplados
a estruturas semelhantes a uma gaiola, especialmente desenvolvidas para
proteção e ancoragem do equipamento. Este equipamento foi viabilizado por meio
de uma parceria com a Agência Sueca de Gestão Marinha de Águas (Swedish Agency
for Marine and Water Management – SwAM) por intermédio do pesquisador Mats
Amundin (Kolmarden Zoo, Suécia) e da ONG alemã Yaqu Pacha. O Projeto Toninhas é
realizado pela Univille e conta com patrocínio Petrobras por meio do Programa
Petrobrás Socioambiental.
Figura 2: Registros acústicos sendo realizados pela
equipe do Projeto Toninhas / Univille para o estudo da bioacústica de toninhas
na Baía Babitonga