Esta foto foi obtida com a permissão da National Marine Fisheries Service Scientific Research, No. 15543 (This photograph was obtained under National Marine Fisheries Service Scientific Research Permit No. 15543).
O Sarasota Dolphin Research Program conduz pesquisas desde 1970 na Baía de Sarasota, na Flórida. Estas pesquisas incluem aspectos comportamentais e ecológicos, como área de vida, padrões de residência, índices de associação entre indivíduos e estudos comportamentais; aspectos biológicos, como tempo de maturação sexual, padrões de respiração e avaliação do estado de saúde dos golfinhos que habitam a região. O Sarasota Dolphin Research Program também está engajado no desenvolvimento e teste de ferramentas de pesquisa para conservação, incluindo radiotransmissores e, em conjunto com a Universidade de St. Andrews, tags de arquivamento digital. Grande parte dos estudos dentro da Baía de Sarasota utiliza a fotoidentificação como ferramenta, já que 96% dos golfinhos desta população são identificáveis através de marcas presentes nas nadadeiras dorsais dos animais. Outra importante ferramenta é a breve captura e soltura dos indivíduos para coleta de amostras, avaliação do estado de saúde e nível de concentração de contaminantes e, em alguns casos, instalação de tags, incluindo transmissores satelitais. O Sarasota Dolphin Research Program é parceiro do Projeto Toninhas e em 2011 colaborou para a realização da primeira operação de captura e marcação de toninhas no Brasil, realizada na Baía da Babitonga.
Este programa realiza a operação de avaliação de saúde desta população, para monitorar o estado da população da Baía de Sarasota e, promover uma base de comparação para outras populações pontencialmente impactadas por estressores de origem antrópica, como a população de Barataria Bay, Louisiana, que recentemente foi afetada por um vazamento de óleo, ou a população de golfinhos de Brunswick, Georgia, onde os golfinhos vivem em águas altamente contaminadas. Os eventos de avaliação de saúde dos golfinhos em Sarasota envolvem uma série de instituições, colaboradores e voluntários. Há 3 anos integrantes do Projeto Toninhas vem participando desta atividade como forma de treinamento de sua equipe e aprimoramento técnico para as pesquisas desenvolvidas no Brasil. Este ano, de 06 a 11 de maio, participaram do projeto sete brasileiros, entre vinculados e parceiros do Projeto Toninhas. Este intercâmbio é muito importante para a troca de conhecimento entre centros de pesquisa e para o desenvolvimento de projetos que visam a conservação dos pequenos cetáceos.