Há cerca de 4 meses, Léia, uma fêmea de leão-marinho (Otaria flavescens) vem sendo monitorada
pela equipe do Projeto Toninhas na Baía da Babitonga.
Acredita-se que os indivíduos desta espécie que chegam à costa
brasileira venham do Uruguai, onde estão as colônias reprodutivas mais próximas
do Brasil. Não são animais migratórios, mas podem realizar grandes
deslocamentos.
Léia em Fevereiro/2013 |
Aparentemente com alguns kilos a mais do que quando chegou, Léia parece saudável,
o que indica que está se alimentando na região. Porém, já foram observadas
pessoas jogando peixes para alimentá-la. Mas é importante lembrar: animais
selvagens não devem ser alimentados quando soltos na natureza!! O alimento que
está sendo oferecido pode não ser o adequado. Além disso, os animais se
acostumam facilmente a receber alimento fácil e a se aproximar das pessoas, o
que pode criar situações perigosas para as pessoas. Não é bom que este animal
permaneça por muito mais tempo na região, o que poderia acontecer se ficar
acostumado a ganhar comida, já que esta espécie reproduz apenas em colônias,
que não existem no Brasil.
Léia em Abril/2013 |
Também recomendamos que os barcos que passarem pela região e avistarem o animal na água, reduzam a velocidade para evitar um atropelamento. Evitem pescar com linha, porque os lobos e leões marinhos podem engolir anzóis e garatéias, levando-os à morte. Também evitem usar rede de pesca para não causar acidentes, com o emalhe e afogamento do animal. Ajudem a manter saudável nossa querida Léia!
Entenda que este tipo de animal precisa de companheiros da mesma espécie para sobreviver e deve voltar para casa, no Uruguai ou Argentina!