Esqueleto de uma toninha montado e exposto no Espaço Ambiental Babitonga. |
A cada ano são recuperadas dezenas
de carcaças de toninhas no litoral norte de Santa
Catarina. Estas carcaças, ao contrário do que muitos pensam, são importantes
fontes de informação sobre a vida das toninhas. Os ossos do esqueleto, por
exemplo, nos permitem realizar análises morfológicas da espécie.
O
esqueleto de uma toninha é composto basicamente por um crânio, uma coluna
vertebral, costelas e duas nadadeiras peitorais. As nadadeiras dorsal e caudal são
compostas apenas por tecido fibroso.
Montagem de um esqueleto de toninha para exposição. |
A população de toninhas que vive
no interior da Baía da Babitonga é residente nesta região. Estudos indicam que esta pode ser uma subpopulação da espécie, diferente das demais populações de
toninhas. Buscando identificar diferenças na estrutura óssea desta população de
toninhas, uma pesquisa sobre a morfometria dos crânios destas toninhas está
sendo realizada buscando mais informações para identificar alguma variação
geográfica.
Os crânios passam por um
tratamento e, em seguida, são medidos com o auxilio de dois paquímetros
digitais, o que conhecemos como morfometria.
Mensuração de um crânio de toninha. |
A análise de variação geográfica
através da morfometria do crânio é um dos principais instrumentos de
identificação de populações de cetáceos, sendo esse conhecimento muito
importante para a conservação das espécies, principalmente no caso daquelas
ameaçadas de extinção, como é a toninha.