Em mais de 600 km de
voo pela costa catarinense, pesquisadores visualizaram 18 grupos de toninhas.
Estudos visam indicar o número e a distribuição do golfinho mais ameaçado de
extinção do Atlântico Sul Ocidental
Dentre as atividades de pesquisa desenvolvidas
pelo Projeto Toninhas/Univille foram realizados, durante o mês de maio, sobrevoos
na Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca (APABF), no litoral sul catarinense.
O sobrevoo foi realizado pela equipe do Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos
do Rio Grande do Sul – GEMARS, parceiro do Projeto Toninhas há vários anos e que
possui reconhecida excelência na utilização deste método para a realização de
estimativas de abundância de toninhas.
Os sobrevoos, iniciados no dia 02 e
finalizados em vinte cinco de maio, tinham por objetivo realizar estimativas de
abundância e distribuição populacional de toninhas. Nesse período foram
percorridos mais de 650 quilômetros a bordo de uma aeronave Aerocommander 500 com janelas tipo
bolha. Dezoito grupos de toninhas foram avistadas, sendo que para cada
avistamento foram coletados dados referentes a localização, comportamento,
tamanho e composição dos grupos.
O Dr. Daniel Danilewicz Schiavon, investigador
do GEMARS, defende que informações relacionadas à abundância, distribuição e
uso de habitat são imprescindíveis na proposição de alternativas para a
conservação da toninha, o golfinho mais ameaçado de extinção do Brasil. O
pesquisador comenta que com essa metodologia de pesquisa “espera-se não apenas
conhecer melhor o tamanho das populações de toninhas ainda existentes nessa
região, mas também identificar as principais áreas de uso e áreas críticas para sua conservação”.
O coordenador de pesquisa do Projeto
Toninhas/Univille, Renan Paitach, explica que para grandes áreas, o avistamento
por aeronave é a técnica mais indicada. “Na APABF, onde as condições ambientais
são menos favoráveis para a visualização de toninhas e a grande extensão da
área dificulta a utilização de métodos a partir de embarcação, o uso de
aeronaves é um excelente recurso. Além de obter dados para a análise de
distribuição espacial, permite estimar a abundância da população, uma
informação valiosa para as análises de viabilidade populacional”, explica
Paitach.
Os dados obtidos irão compor um banco de
dados que servirá de subsídio para a proposição de estratégias de gestão
pesqueira, de forma participativa com a comunidade local, para a redução das
capturas acidentais de toninhas, principal ameaça à sobrevivência da espécie.
Na terceira fase do Projeto
Toninhas/Univille, que conta com patrocínio Petrobras por meio do Programa
Petrobras Socioambiental, estão sendo desenvolvidas diversas atividades de
pesquisa na APABF para contribuir com o plano de manejo da área, como o diagnóstico
pesqueiro e o monitoramento acústico passivo, que permitirá aprofundar ainda
mais o conhecimento acerca do uso de habitat e comportamento das toninhas.
Para mais informações, acesse: www.projetotoninhas.org.br ou http://www.gemars.org.br/
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