3 de julho de 2019

Drones são usados para estudar as toninhas da Babitonga


Pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora, em parceria com o Projeto Toninhas/Univille, estudam o golfinho mais ameaçado de extinção do Brasil com imagens de drones

Pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF/MG), em parceria com o Projeto Toninhas/Univille, iniciaram no último mês um estudo com toninhas (Pontoporia blainvillei) e o botos-cinza (Sotalia guianensis) por meio de imagens aéreas. O objetivo é utilizar as filmagens captadas por um drone para analisar a condição corporal (proporção comprimento - largura) destes pequenos cetáceos. Em outras palavras, utilizar as imagens para avaliar o estado de saúde desses golfinhos.


As imagens foram realizadas na Baía Babitonga utilizando uma embarcação. Um molde de toninha em tamanho real também foi utilizado para ajustar as medidas utilizando métodos de fotogrametria aérea.
Lucas Oliveira, aluno de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Ecologia da UFJF e responsável pela pesquisa, explica que a metodologia é relativamente nova no Brasil, existindo poucas informações sobre a utilização de drones como ferramenta de monitoramento de mamíferos aquáticos. “Desenvolver um protocolo como esse pode auxiliar muito para ampliar o conhecimento sobre as espécies. Em se tratando de animais em alto risco de extinção, como é o caso da toninha, a ferramenta se torna ainda mais importante.”

Esta foi a primeira etapa de um cronograma de trabalho que deverá se estender por pelo menos mais um ano. Mais duas etapas de campo já estão confirmadas, uma no verão e outra no inverno, com o objetivo de avaliar se ocorrem variações sazonais na condição corporal das toninhas e botos na Babitonga. O Projeto Toninhas/Univille, que tem o patrocínio do Programa Petrobras Socioambiental, pretende expandir o uso do drone na região para a realização de outras pesquisas.