Pesquisadores da Universidade Federal de
Juiz de Fora, em
parceria com o Projeto Toninhas/Univille,
estudam o golfinho mais ameaçado de extinção do Brasil com imagens de drones
Pesquisadores da
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF/MG), em parceria com o Projeto
Toninhas/Univille, iniciaram no último mês um estudo com toninhas (Pontoporia
blainvillei) e o botos-cinza (Sotalia guianensis) por meio de
imagens aéreas. O objetivo é utilizar as filmagens captadas por um drone para analisar
a condição corporal (proporção comprimento - largura) destes pequenos cetáceos.
Em outras palavras, utilizar as imagens para avaliar o estado de saúde desses
golfinhos.
As imagens foram
realizadas na Baía Babitonga utilizando uma embarcação. Um molde de toninha em
tamanho real também foi utilizado para ajustar as medidas utilizando métodos de
fotogrametria aérea.
Lucas Oliveira, aluno de
mestrado do Programa de Pós-Graduação em Ecologia da UFJF e responsável pela
pesquisa, explica que a metodologia é relativamente nova no Brasil, existindo
poucas informações sobre a utilização de drones como ferramenta de
monitoramento de mamíferos aquáticos. “Desenvolver um protocolo como esse pode
auxiliar muito para ampliar o conhecimento sobre as espécies. Em se tratando de
animais em alto risco de extinção, como é o caso da toninha, a ferramenta se
torna ainda mais importante.”
Esta foi a primeira etapa
de um cronograma de trabalho que deverá se estender por pelo menos mais um ano.
Mais duas etapas de campo já estão confirmadas, uma no verão e outra no inverno,
com o objetivo de avaliar se ocorrem variações sazonais na condição corporal
das toninhas e botos na Babitonga. O Projeto Toninhas/Univille, que tem o
patrocínio do Programa Petrobras Socioambiental, pretende expandir o uso do
drone na região para a realização de outras pesquisas.