27 de janeiro de 2012

Guarás se reproduzem na Baía da Babitonga


O guará, uma belíssima ave típica de manguezais, foi registrada pela equipe do Projeto Aves na Baía da Babitonga. Em novembro de 2011 foi visto apenas um indivíduo e a partir do mês de dezembro seu número foi aumentando, chegando a cinqüenta indivíduos. E, para surpresa dos pesquisadores, em janeiro de 2012 os guarás foram observados se reproduzindo na Babitonga. Esta ave está criticamente ameaçada de extinção no estado vizinho (Paraná). Em Santa Catarina o guará esteve desaparecido por décadas; os últimos registros são históricos, dos séculos XVIII e XIX. O nome de algumas cidades e localidades na região se deve a sua ocorrência no passado, como Guaramirim. Seu retorno é uma excelente notícia!


O Eudocimus ruber, como é conhecido o guará no meio científico, é uma ave da família Threskiornithidae, de plumagem vermelho vivo nos adultos. Costuma se reproduzir em colônias, ou seja, juntamente com outras aves aquáticas. Na Baía da Babitonga, a colônia reprodutiva onde a espécie está se reproduzindo também abriga ninhos de savacu (Nycticorax nycticorax), savacu-de-coroa (Nyctanassa violacea), garça-vaqueira (Bubulcus ibis), garça-branca-pequena (Egretta thula), garça-azul (Egretta caerulea) e caraúna-de-cara-branca (Plegladis chihi).


O guará se alimenta principalmente de caranguejos, mas pode capturar peixes e invertebrados aquáticos. As principais ameaças relacionadas a esta espécie são a descaracterização de áreas de manguezal e a contaminação por poluentes químicos. O registro da reprodução desta espécie numa colônia na Baía da Babitonga demonstra a grande importância das áreas de manguezal e reforça a importância da continuação de pesquisas relacionadas com a avifauna da região.

Texto: Daniela Fink e Marta Cremer

19 de janeiro de 2012

Uma baleia e uma tartaruga são encontradas mortas no mesmo dia na Praia do Ervino, SFS

 
No dia 09 de janeiro foi encontra uma baleia morta com cerca de 8 metros de comprimento, na Praia do Ervino, em São Francisco do Sul. Devido ao avançado estado de decomposição, não foi possível identificar o animal a nível de espécie, mas sabe-se que esta baleia pertence à família Balaenopteridae, representada pelas maiores baleias do mundo.
Esta família contém nove espécies, entre elas estão as baleias azul, fin, sei, bryde, minke e jubarte, todas elas com mais de 7 metros de comprimento. São características da família, uma série de pregas ventrais chamadas rorquais, que permitem uma grande extensão da boca quando o animal se alimenta, principalmente de plâncton e krill.

Estas baleias habitam todos os oceanos do mundo, mas a espécie mais comumente avistada no litoral sul do Brasil, é a baleia minke (Balaenoptera acutorostrata).

A equipe do Projeto Toninhas coletou amostras de músculo e gordura e a Prefeitura de São Francisco do Sul enterrou a carcaça da baleia no local onde ela foi encontrada.

No mesmo dia e na mesma praia foi encontrada, também morta, uma tartaruga de couro (Dermochelys coriacea), com 1,18 metros de comprimento. Foi  feita a coleta de material biológico, e a carcaça da tartaruga foi enterrada pela equipe do Projeto Toninhas.