24 de julho de 2013

Monitorando Chico

Equipes fazendo busca das Toninhas na Baia da Babitonga. Foto: Projeto Toninhas/UNIVILLE

Em abril deste ano, mais uma toninha foi marcada com um transmissor satelital na Baía da Babitonga. E mais uma vez, a equipe do Projeto Toninhas contou com a colaboração de pesquisadores americanos do Sarasota Dolphin Research Program e da Fundação Aquamarina da Argentina.


Lançamento da rede para realização do cerco. Foto: Projeto Toninhas/UNIVILLE

Chico, como foi batizada a toninha marcada, é um macho adulto. O transmissor está enviando dados diários há cerca de três meses, via satélite. Além disso, Chico também vem sendo acompanhado por observação direta, com auxílio de um barco. Ele continua nadando na mesma região onde foi marcado, entre as ilhas Guaraqueçaba, Rita e Herdeiros, onde se concentra a maior parte dos grupos de toninhas da Babitonga.



Procedimento para instalação do trasmissor satelital na toninha. Foto: Projeto Toninhas/UNIVILLE

As informações levantadas pela telemetria satelital são de extrema importância para a conservação da espécie. Os dados precisos de localização geográfica que estão sendo obtidos nos revelam a área de vida destes animais e confirmam a grande importância da Baía da Babitonga para esta população de toninhas, já que nenhuma das 6 toninhas marcadas até hoje, realizou movimentos de entrada e saída da baía. A marcação de toninhas com transmissores satelitais foi realizada pela segunda vez neste ano para a identificação de variações sazonais no comportamento e distribuição destes animais. Em 2011 as toninhas foram monitoradas na primavera e os dados coletados em 2013 são de outono/inverno.


Equipes retornando ao Clube Náutico Cruzeiro do Sul. Foto: Projeto Toninhas/UNIVILLE

15 de julho de 2013

Animação Toninhas!


Toninhas! Esse é o nome da animação escrita, produzida e dirigida por Douglas Etges e Marcelo da Silva, do Estúdio Pé de Nuvem, com o apoio do Projeto Toninhas. A animação foi produzida em 2012 como parte do Projeto de Conclusão de Curso de Design de Animação Digital da UNIVILLE. O filme expõe, através de infográficos animados, informações a respeito da espécie, de suas principais ameaças e estratégias de conservação.

A toninha é o golfinho mais ameaçado do Atlântico Sul. Em toda a sua distribuição, a principal ameaça está diretamente relacionada com a captura acidental em redes de emalhe, que causa a morte de centenas de toninhas por ano.


A animação “Toninhas” está disponível nas redes sociais, youtube e facebook do Projeto Toninhas. A versão original é em português, mas tem versões legendadas em espanhol e em inglês. A versão em inglês teve a colaboração de Eduardo Secchi e a versão em espanhol de Silvina Botta. 


Ajudem a divulgar!



YouTube

- Versão Legendada em Espanhol: http://www.youtube.com/watch?v=LG1IfjkOmJU
- Versão Legendada em Inglês: http://www.youtube.com/watch?v=J8geH_cA7EA


Facebook

- Fanpage do Projeto Toninhas





2 de julho de 2013

Foca-caranguejeira na Babitonga!!!



Nesta segunda-feira, dia 01/07/2013, uma foca-caranguejeira foi encontrada no rio Itinga, em Joinville, por moradores da região. A FUNDEMA e a Polícia Ambiental foram contatadas e fizeram a remoção do animal do rio. A foca foi levada até a Praia Grande, em São Francisco do Sul, onde foi liberada para que voltasse ao mar e pudesse retornar ao seu local de origem, o Continente Antártico.

Outros animais desta espécie já foram avistados no sul do Brasil, mas em poucas oportunidades, já que as colônias reprodutivas estão localizadas no extremo sul do planeta. O caso mais recente foi de um macho, encontrado na Praia do Rosa há cerca de um mês.


A foca-caranguejeira (Lobodon carcinophaga) pode chegar a 2,6 metros de comprimeto e pesar de 200 a 300 kg, sendo que os filhotes nascem com cerca de 1,1 metros e pesam de 20 a 40 kg.


Estas focas alimentam-se principalmente de krill, um pequeno crustáceo que cresce em abundância nos mares gelados. Por isso seus dentes possuem várias pontas, que facilitam a captura do alimento. Pode se alimentar também de peixes.



A foca-caranguejeira pode mergulhar em profundidades de até 430 metros e ficar 11 minutos submersa. Seu principal predador natural é a foca-leopardo, que ataca principalmente os filhotes.

É considerada uma das espécies de focas mais abundantes do mundo. As estimativas indicam que cerca de 10 a 15 milhões de indivíduos estejam na natureza.


Focas, lobos-marinhos, leões-marinhos, elefantes-marinhos e morsas, são mamíferos marinhos do grupo dos pinípedes. Estes mamíferos passam boa parte da vida em terra, principalmente na época reprodutiva, mas também para descansar. Dependem do mar para sua sobrevivência, já que se alimentam de peixes, lulas, krill e outros invertebrados marinhos, mas a terra firme é um importante local de descanso e cuidado de filhotes. 

Por que este animal é uma foca e não um lobo ou leão-marinho?

As focas não possuem orelhas e locomovem-se em terra com movimentos ondulatórios do corpo. Os lobos e leões-marinhos, além de terem orelhas, apoiam-se nos membros anteriores durante a locomoção em terra.



Qual a recomendação quando se encontra uma foca viva na praia?


A recomendação é a mesma para os lobos e leões-marinhos. Se o animal estiver em boas  condições de saúde, deve ser deixado no local para que retorne sozinho para o mar. Caso esteja em situação de perigo, ou em local não adequado (como neste caso), o animal deve ser contido e liberado o mais breve possível em uma praia deserta. Apenas animais machucados ou visivelmente doentes devem ser levados para centros de reabilitação. Neste caso, o Comitê Científico para Recursos Vivos Antárticos (SCAR) recomenda que animais de origem antártica, como é o caso da foca-caranguejeira, que forem tratados em centros de reabilitação, não devem ser liberados, de forma a manter o ambiente antártico preservado. São grandes as chances de que estes animais possam contrair doenças desconhecidas pela espécie e contaminar toda a colônia reprodutiva quando retornarem para seu local de origem. O ideal é avisar os órgãos responsáveis, como a Polícia Ambiental, e a instituição de pesquisa mais próxima, como a UNIVILLE, para uma correta avaliação da situação e tomada de decisão.


Não devemos forçar o animal a entrar na água! Ele pode estar com frio e cansado e pode preferir ficar na areia até se sentir seguro para voltar sozinho ao mar.

1 de julho de 2013

Coruja-do-mato (Strix virgata)




No dia 14.06.2013 recebemos uma coruja da peixaria do Sr. Pedrinho que, de acordo com o seu relato, estava há 3 dias pousada em uma praia no bairro Paulas. A Equipe do Projeto Toninhas verificou que se tratava de uma Coruja-do-mato (Strix virgata). Essa espécie de coruja pode chegar a 34 cm e apresenta uma plumagem marrom, com olhos escuros. São encontradas em florestas tropicais úmidas, com ampla distribuição no país. É uma espécie estritamente noturna, que se alimenta de roedores, répteis e artrópodes. 


Imediatamente a coruja foi encaminhada para a clínica do veterinário Dr. Leonardo Drumond, onde ela foi medicada e alimentada até o dia 27.06.2013. Na manhã da última sexta-feira (28.06.2013) ela foi solta no campus da UNIVILLE em São Francisco do Sul. 


A coruja foi batizada carinhosamente de Rute pela equipe do Projeto Toninhas.