7 de fevereiro de 2014

O Esqueleto da Toninha

Esqueleto de uma toninha montado e exposto no Espaço Ambiental Babitonga.
A cada ano são recuperadas dezenas de carcaças de toninhas no litoral norte de Santa Catarina. Estas carcaças, ao contrário do que muitos pensam, são importantes fontes de informação sobre a vida das toninhas. Os ossos do esqueleto, por exemplo, nos permitem realizar análises morfológicas da espécie.
O esqueleto de uma toninha é composto basicamente por um crânio, uma coluna vertebral, costelas e duas nadadeiras peitorais. As nadadeiras dorsal e caudal são compostas apenas por tecido fibroso.

Montagem de um esqueleto de toninha para exposição.
A população de toninhas que vive no interior da Baía da Babitonga é residente nesta região. Estudos indicam que esta pode ser uma subpopulação da espécie, diferente das demais populações de toninhas. Buscando identificar diferenças na estrutura óssea desta população de toninhas, uma pesquisa sobre a morfometria dos crânios destas toninhas está sendo realizada buscando mais informações para identificar alguma variação geográfica.
Os crânios passam por um tratamento e, em seguida, são medidos com o auxilio de dois paquímetros digitais, o que conhecemos como morfometria.


Mensuração de um crânio de toninha.
A análise de variação geográfica através da morfometria do crânio é um dos principais instrumentos de identificação de populações de cetáceos, sendo esse conhecimento muito importante para a conservação das espécies, principalmente no caso daquelas ameaçadas de extinção, como é a toninha.