28 de fevereiro de 2019

Projeto Grande Reserva Mata Atlântica é apresentado no Grupo Pró-Babitonga


Vídeo sobre a Baía Babitonga, gravado com pesquisadores do Projeto Toninhas/Univille foi exibido para ilustrar a proposta do GRMA

O Projeto Grande Reserva Mata Atlântica (GRMA) foi apresentado na última reunião do Grupo Pró-Babitonga (GPB). Além de conhecer a proposta da GRMA, o grupo multisetorial, que reúne 26 entidades dos segmentos socioambiental, socioeconômico e público dos seis municípios do entorno da Baía Babitonga, pôde acompanhar o vídeo “As toninhas da Babitonga”, o quarto episódio da série produzida pelo Projeto GRMA.


De acordo com os idealizadores do Projeto Grande Reserva Mata Atlântica, os estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina abrigam o último grande remanescente da Mata Atlântica. A floresta foi reduzida em mais de 90% de sua área original, mas ainda restam 1,8 milhões de hectares. Apenas 28% desse território está legalmente protegido, abrigando dezenas de Unidades de Conservação públicas e privadas. Os organizadores da proposta defendem que essas áreas estão desconectadas e isoladas, o que dificulta a implementação de políticas de proteção.


Nesse sentido, o principal objetivo da criação da Grande Reserva Mata Atlântica é pensar o território estrategicamente de modo integrado, compondo um grande conglomerado natural de oportunidade e desenvolvimento para as comunidades locais, reunindo entidades e parceiros que se encontram dentro do território. A proposta vai de encontro à missão do GPB: “contribuir para a gestão participativa e integrada do ecossistema Babitonga, com ações que assegurem a proteção da diversidade biológica e cultural, o disciplinamento da ocupação e a sustentabilidade dos usos dos recursos naturais”. Criado em maio de 2017, o grupo trabalha para aprimorar a capacidade de governança do ecossistema Babitonga e contribuir com as ações de ordenamento e uso sustentável desse espaço.


A primeira iniciativa do Projeto GRMA é a produção de uma série de minidocumentários intitulados "Histórias da Grande Reserva Mata Atlântica". O vídeo gravado em dezembro de 2018 com participação dos pesquisadores do Projeto Toninhas, compõe o seriado e foi exibido ao GPB. O vídeo retrata a baía, que abriga a última floresta de mangues do Atlântico Sul e a importância desse estuário onde vive a única população residente em baía do golfinho com maior risco de extinção no Brasil, a toninha. Durante as falas da professora Marta Cremer, coordenadora geral do Projeto Toninhas e de Fabiano Grecco, biólogo do Projeto Babitonga Ativa, que realiza a assessoria executiva do GPB, foram apresentadas as preocupações com o futuro deste ambiente. Para eles, a intensa especulação imobiliária é um dos principais fatores que ameaça a biodiversidade e as atividades socioeconômicas que dependem da raridade e riqueza deste ecossistema.


O Projeto Toninhas é realizado pela Univille e conta com #patrocínioPetrobras por meio do Programa @Petrobras Socioambiental.